A queda das mamas – chamada, tecnicamente, de ptose mamária – é algo natural na mulher, com ou sem silicone. Porém, com bons hábitos e técnicas, é possível evitar o problema.

Estão entre os bons hábitos, ter uma boa alimentação, utilizar sutiãs que sustentem bem o peso das mamas e buscar procedimentos com técnicas adequadas pode ajudar a evitar a ptose mamária.

Um estudo recente do cirurgião plástico paranaense Adel Bark Junior promete solucionar o problema.

Solução para ptose

A ptose mamária ocorre, principalmente, devido a dois fatores: o peso das mamas e o fator gravitacional, denominado momento da força gravitacional. O momento consiste na relação entre o peso e a distância desse peso em relação ao ponto de ancoragem. No caso, o ponto de ancoragem das mamas é o tórax. Quanto maior e mais pesada a mama, portanto, maior será o momento da força que age nela, e maior será a queda (ptose) ao longo do tempo.

A técnica desenvolvida por Adel Jr. é focada para mastopexia – cirurgia de levantamento das mamas caídas – e consiste em diminuir determinada parte do tecido mamário, compensando essa parte retirada com um implante mamário colocado abaixo do músculo peitoral (o chamado implante submuscular). A diferença de técnicas tradicionais de mastopexia é que, enquanto nessas cirurgias pouco tecido mamário é retirado, nesta técnica do cirurgião Adel Jr. a quantidade de tecido mamário retirada é maior, justamente por isso é colocado um implante maior para compensar essa remoção de tecido. Além disso, o tecido que foi reduzido é suturado ao músculo peitoral, evitando a queda. Assim, a técnica evita a ptose mamária baseada em três ações: a diminuição do tecido mamário, que é naturalmente sujeito à queda pelo seu peso; a sutura do tecido mamário remanescente ao músculo peitoral – que fica logo embaixo da mama –, funcionando como uma contenção contra a queda; e a colocação do implante mamário atrás do músculo peitoral, ao mesmo tempo substituindo o volume de tecido mamário retirado e utilizando o músculo como barreira contra a queda do próprio implante.

Essa técnica partiu de um estudo feito pelo próprio cirurgião, a partir do qual ele concluiu que o aumento do momento gravitacional em relação à própria técnica era de 42% em outras técnicas submusculares, e de 395% em técnicas subglandulares (nas quais o implante é colocado acima do músculo peitoral). Ou seja, a técnica nova mostrou, no estudo, diminuir fisicamente o efeito da gravidade nas mamas.

Para chegar a essa comparação, Adel Jr. calculou o volume mamário e o momento de força gerado por esse volume, buscando entender o que ocorria caso o implante fosse colocado na frente ou atrás do músculo.

Como foi feito o estudo?

O estudo foi realizado através da medição do volume das mamas, a partir do qual foi calculado o momento de força gravitacional das mamas, observando a situação em três técnicas: subglandular, submuscular convencional e a técnica que o cirurgião propôs.

As observações contaram com a participação de 98 pacientes, submetidas a mamoplastia de aumento, pelo período de 1 ano e 2 meses.

Como isso pode ajudar a evitar a ptose mamária?

Adel Jr. concluiu que, quando o implante de silicone está localizado atrás do músculo peitoral, o músculo sustenta o peso do implante, que não irá recair sobre as mamas, auxiliando assim a evitar tanto a queda do implante quanto das mamas, ao longo dos anos.

Essa conclusão pode ser interessante aos profissionais de cirurgia plástica, para auxiliarem as pacientes a evitar a futura ptose mamária já na realização da cirurgia.

O estudo foi apresentado no Congresso Internacional de Cirurgia Plástica, em junho de 2019, em Cartagena – Colômbia.

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Fontes: Terra/ Paraná Portal

Observação: o conteúdo expresso aqui é apenas para fins de informação geral e não se destina ou está implícito como substituto para aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional.

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