O uso de brincos pesados por muito tempo, ou uso de alargadores de orelha, ou ainda traumas na orelha (acidentes com objetos cortantes, puxar os brincos com força ao retirá-los) são os principais fatores que podem deixar a orelha rasgada. Porém, isso pode ser corrigido com a lobuloplastia – a cirurgia plástica que remodela as orelhas.
Entenda como ela funciona e para quem é indicada na nossa postagem de hoje!
Como funciona a lobuloplastia?
A cirurgia plástica para corrigir orelha rasgada não costuma ser uma operação de muitos riscos ou contraindicações, sendo frequentemente um procedimento ambulatorial, sem necessidade de internação hospitalar.
O procedimento é feito por anestesia local e, na maioria dos casos, sem sedação, e consiste em reconstruir o lóbulo da orelha através de incisões na área rasgada e sutura dessas incisões, de maneira a dar um contorno adequado ao lóbulo da orelha (a parte mais carnuda e macia da orelha, onde geralmente se fazem os furos para brincos). O tamanho das incisões dependerá do tamanho do rasgo na orelha. Se for apenas um pequeno alargamento do furo de brinco, o cirurgião poderá apenas retirar a pele em volta do furo e fazer uma sutura para fechar o buraco criado pelas incisões. Entretanto, caso se trate de uma orelha rasgada completamente (chamada, tecnicamente, de lóbulo bífido), bem como em casos de furos muito amplos devido ao uso de alargadores de orelha, serão necessárias incisões e suturas maiores, consequentemente com cicatrizes maiores. Em todos os casos, uma certa quantidade de pele do lóbulo precisa ser retirada para se realizar a cirurgia corretamente. Porém, mesmo em casos de correções maiores do furo da orelha, o procedimento pode ser realizado com anestesia local, através de uma injeção na pele do lóbulo. Para pacientes que não desejem apenas a anestesia local, pode ser associada a sedação na veia, mas para isso é necessário que a cirurgia seja realizada em ambiente hospitalar com a presença do médico anestesista. Podem ser corrigidas as duas orelhas no mesmo ato cirúrgico, caso isso seja necessário (correções de furos em ambas as orelhas).
É importante salientar que, mesmo sendo de pequeno porte, a lobuloplastia é uma cirurgia plástica, devendo ser feita por um profissional experiente e após uma consulta médica completa, com exames pré-operatórios para atestar a saúde da paciente, caso seja necessário.
A lobuloplastia é uma cirurgia geralmente rápida, com durabilidade de 30 a 60 minutos (dependendo do tamanho do rasgo e da necessidade ou não de se operar as duas orelhas), e a paciente pode voltar para a casa no mesmo dia, caso esteja em boas condições. Após a cirurgia, a paciente vai para casa com um pequeno curativo no lóbulo operado, que pode consistir apenas em fitas adesivas tipo Micropore, ou fitas Micropore com gaze, dependendo da necessidade de controlar sangramentos no pós-operatório. O cirurgião irá orientar os cuidados com cada tipo de curativo, em cada caso. A paciente será orientada a tomar analgésicos se tiver dor e, eventualmente, receberá uma receita para tomar antibióticos no pós-operatório.
Também é possível corrigir furos de brinco em outras partes da orelha, como no topo das orelhas e no tragus (a pequena elevação que fica grudada na pele da cabeça, logo antes do conduto auditivo). Porém, esses casos podem, eventualmente, requerer cirurgias um pouco maiores e mais complexas, pois são áreas mais delicadas da orelha, constituídas de cartilagem.
Procedimentos pós-operatórios
Os procedimentos pós-operatórios incluem:
– Evitar exposição ao sol por 30 dias.
– Evitar coçar a região operada.
– Evitar atividades físicas extenuantes.
– Procurar o cirurgião plástico que realizou a cirurgia em caso de qualquer incômodo, vermelhidão, sangramento excessivo ou dor no local. Pequenos sangramentos são comuns no pós-operatório, não havendo necessidade de nova operação na maioria dos casos, apenas de fazer curativos.
A paciente deverá aguardar pelo menos um mês antes de realizar um novo furo para brinco no local operado, pois antes desse período a área operada estará muito frágil e poderá abrir novamente se for manipulada. A paciente deve sempre aguardar a liberação do cirurgião para fazer um novo furo, e mesmo para utilizar brincos de pressão, pois estes comprimem a área operada, o que pode prejudicar o resultado da cirurgia se forem usados antes do tempo certo.
Afinal, porque a orelha pode rasgar?
O lóbulo, localizado na região inferior da orelha, é delicado. Trata-se de uma região composta basicamente por gordura e pele, não havendo músculos ou cartilagem para auxiliar o sustento de pesos, fatores que geram riscos de rasgos quando se colocam brincos e alargadores pesados. Ainda assim, a predisposição individual é um fator importante para a ocorrência de rasgos e alargamentos de furos na orelha. Existem pessoas que desenvolverão o problema com brincos mais leves, enquanto outras terão lóbulos mais resistentes e que suportarão brincos mais pesados. Ou seja, não é totalmente previsível quem terá ou não problemas com furos alargados e rasgados. Na dúvida, evite utilizar brincos muito pesados, a fim de minimizar o risco.
Dicas para evitar rasgos e inflamações
– Após a lobuloplastia, a recomendação médica é não colocar brincos pesados ou alargadores na região operada, porque há o risco de a região rasgar novamente, necessitando de nova cirurgia corretiva.
– Não realizar furos – sejam para brincos ou alargadores – nem utilizar brincos de pressão na cicatriz da cirurgia antes de o cirurgião liberar.
– Siga as orientações do cirurgião quanto ao cuidado com curativos e limpeza das orelhas no pós-operatório.
– Mantenha um acompanhamento correto com o cirurgião no pós-operatório, para garantir que o resultado das cicatrizes seja o mais discreto e estético possível. As cicatrizes da lobuloplastia costumam evoluir bem, entretanto, existe uma chance de desenvolvimento de queloides (cicatrizes rosas duras e elevadas) nas incisões da lobuloplastia (especialmente em pacientes que já tiveram esse problema na própria orelha ou em outras partes do corpo), que devem ser avaliados e tratados pelo cirurgião plástico.
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Fontes: Plástica do Sonho / Luciana Pepino
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